terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

domingo, 22 de fevereiro de 2015

CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS - TURMAS 1006 E 1012

CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS - TURMAS 1006 E 1012


Os seres vivos e a matéria bruta possuem propriedades diferentes. Os seres vivos são dotados de um conjunto de características que não existem na matéria bruta (sem vida). Abaixo, comparados à matéria bruta, os seres vivos apresentam:
  • Composição química mais complexa;
  • Organização celular, que vai muito além da organização dos átomos e das moléculas constituintes de toda matéria (viva ou bruta);
  • Capacidade de nutrição, absorvendo matéria e energia do ambiente para se desenvolver e manter suas funções vitais;
  • Reações a estímulos do ambiente;
  • Capacidade de manter seu meio interno em condições adequadas, independente dos fatores externos, como calor e frio;
  • Crescimento e reprodução, originando descendentes semelhantes;
  • Capacidade de modificar-se ao longo do tempo, através do processo de evolução, desenvolvendo adaptações adequadas à sobrevivência.
Esse conjunto de características depende da molécula de ácido nucléico, mais particularmente do ácido desoxirribonucléico ou DNA. É ela que determina os pontos comuns e as diferenças entre os seres vivos que habitam nosso planeta.


1. Composição Química:

Toda matéria existente no universo é feita de átomos. No centro do átomo há partículas com carga elétrica positiva, os prótons, e partículas sem carga elétrica, os nêutrons. Girando com rapidez ao redor dessa região central, encontramos os elétrons, com carga elétrica negativa. Como o número de prótons é igual ao número de elétrons, o átomo é eletricamente neutro.
A principal diferença entre dois átomos está no número de prótons. Esse número é chamado número atômico e identifica cada tipo de átomo. Assim, todos os átomos de hidrogênio têm um próton em seu núcleo (número atômico 1); todos os átomos de carbono têm seis prótons (número atômico 6) e assim por diante. O número atômico explica as diferentes propriedades físicas e químicas de cada átomo.

Visão simplificada de três átomos: o átomo de hidrogênio, o átomo de carbono e o átomo de oxigênio. O átomo de hidrogênio é o mais simples: possui apenas um próton e um elétron. Lembrete : esquemas de átomos são sempre modelos, já que, devido ao seu minúsculo tamanho, não se pode ver o interior do átomo.

Os átomos se ligam uns aos outros e formam as moléculas. A molécula da água, por exemplo, é formado por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio. A força que mantém os átomos unidos é chamada ligação química.

Na matéria bruta, os átomos estão agrupados em compostos relativamente simples, formando as substâncias inorgânicas (também chamadas substâncias minerais), como a água, vários sais e gases e os cristais de rocha. Nos seres vivos, além de substâncias inorgânicas encontramos substâncias orgânicas. As substâncias orgânicas são formadas por átomos de carbono que se unem, podendo formar longas cadeias contendo outros átomos, como os de oxigênio, nitrogênio e, obrigatoriamente, de hidrogênio.
A matéria viva apresenta composição química mais complexa do que a matéria bruta: enquanto um grão de areia é formado apenas por um tipo de substância – a sílica –, uma bactéria, apesar de ser bem menor do que um grão de areia, possui água, sais minerais e diversas substâncias orgânicas, como proteínas, açucares, gorduras, ácidos nucléicos, entre outras.


2. Organização Celular:

Nos seres vivos, uma enorme quantidade de moléculas inorgânicas e orgânicas se reúne, formando a célula. A célula é a unidade fundamental dos seres vivos, sendo capaz, por exemplo, de se nutrir, crescer e reproduzir. Muito pequena – possui aproximadamente a centésima parte de um milímetro –, só pode ser vista pelo microscópio.
As bactérias, os protozoários e alguns outros tipos de seres vivos são unicelulares; mas a maioria é pluricelular. O corpo humano, por exemplo, contém mais ou menos 60 trilhões de células.
As células semelhantes, nos seres pluricelulares, se reúnem, com o mesmo tipo de função, formando um tecido.Tecidos semelhantes formam um órgão. Órgãos com funções semelhantes se organizam em sistemas ou aparelhos.O conjunto de sistemas forma um organismo.
No corpo humano, por exemplo, o conjunto de células nervosas forma o tecido nervoso. O encéfalo, a medula e os nervos formam o sistema nervoso, este responsável pela coordenação entre diferentes partes do corpo e pela integração do organismo com o ambiente.
Mas a organização dos seres vivos não termina com a formação de um organismo. Sabemos que os seres vivos interagem com o ambiente, inclusive com os outros seres vivos. Organismos da mesma espécie agrupam-se numa determinada região, formando uma população. A população mantém, relações com populações de outras espécies que habitam o mesmo local, formando uma comunidade. Uma comunidade representa o conjunto de todas as espécies vivas que habitam determinado ambiente, como uma floresta. A comunidade influi nos fatores físicos e químicos do ambiente – como chuva, o solo e a temperatura – e esse fatores também influi na comunidade.
O conjunto constituído por seres vivos, fatores físicos e fatores químicos, é chamado de ecossistema, ex: uma floresta. E a soma de todos os ecossistemas do planeta formam a biosfera.


3. Nutrição, Crescimento, Respiração e Metabolismo:

Um organismo vivo é instável e frágil. As proteínas e outras moléculas orgânicas presentes no ser vivo se desgastam com o tempo. A estrutura do ser vivo só pode ser mantida à custa de uma substituição permanente de suas moléculas e de muitas de suas células.
A nutrição não só garante ao ser vivo a reconstrução das partes desgastadas, mas também a formação de novas células, durante o período de crescimento. Esse crescimento, que se faz pela multiplicação de células no interior do corpo, é chamado de crescimento por intuscepção. Outra forma de crescimento é chamada de crescimento por decomposição ou aposição, um exemplo, é o cristal (matéria bruta) que pode crescer pela adição de novas moléculas à sua superfície.
Boa parte dos alimentos digeridos serve como fonte de energia para o organismo. Várias moléculas orgânicas de alimento podem ser utilizadas como combustível, mas é mais vantajoso para o ser vivo usar um açúcar, a glicose.
A glicose (C6H12O6) é uma molécula orgânica e reage com o oxigênio do ar (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O). Nessa transformação, a molécula de glicose é quebrada, liberando energia. Esta, por sua vez, é utilizada nas atividades do organismo, como o movimento, a produção de calor, a transmissão de impulso nervoso ou a construção de grandes moléculas orgânicas durante o processo de reconstrução ou crescimento do corpo. Esse processo de quebra da glicose chama-se respiração celular.
O organismo pode construir grandes moléculas formadoras de partes de células – esse processo é chamado anabolismo (ana = erguer), que são transformações de síntese ou construção.E quebrar moléculas de alimento, obtendo energia – processo denominado catabolismo (cata = para baixo), que são transformações de análise ou decomposição.
O conjunto dos dois processos é chamado metabolismo (metabole = transformar).

Nutrição Autotrófica e Heterotrófica:

Nutrição Autotrófica (auto = próprio; trofo = alimento):
Realizada apenas pelas plantas, algas e por certas bactérias. O organismo é capaz de produzir todas as moléculas orgânicas do seu corpo a partir de substâncias inorgânicas que retiram do ambiente, como o gás carbônico, água e sais minerais. O organismo vegetal usa a energia do Sol, que é absorvida pela clorofila. Esse fenômeno, chamado fotossíntese, produz substâncias orgânicas para o organismo e libera oxigênio na atmosfera.
Nutrição Heterotrófica (hetero = diferente):
Os animais, os protozoários, os fungos e a maioria das bactérias não são capazes de realizar fotossíntese. Esses seres precisam ingerir moléculas orgânicas prontas.


4. Estímulos ao Ambiente:

Todos os seres vivos são capazes de reagir a estímulos ou modificações do ambiente, ou seja, todos possuem irritabilidade.
Nos vegetais, as reações aos estímulos costumam ser mais lentas do que nos animais, por exemplo, pelo crescimento do caule em direção à luz ou pelo crescimento das raízes em direção ao solo. Esse fenômeno vegetal de irritabilidade é chamado tropismo.
Em algumas plantas, como a sensitiva ou dormideira, a reação pode ser mais rápida: um simples contato externo provoca o fechamento das folhas em segundos. Esse fechamento se deve à diminuição na pressão da água existente numa dilatação na base das folhas. Mecanismos semelhantes ocorrem com plantas carnívoras, que capturam pequenos animais.
Todos os seres vivos têm irritabilidade, mas só os animais possuem sensibilidade. Sensibilidade é a capacidade de reagir de diferentes formas aos estímulos ambientais.
As formas que os seres vivos têm de reagir ao ambiente são adaptativas, isto é, são formas que contribuem para a sobrevivência ou a reprodução da espécie.


5. Homeostase:

A propriedade do ser vivo de manter relativamente constante seu meio interno é chamada homeostase. O ser vivo não muda sua composição química e suas características físicas.
Com a homeostase conseguimos manter constantes, por exemplo, a temperatura, a quantidade de água no organismo e a concentração de diversas substâncias presentes no corpo.
A homeostase é importante para a manutenção da vida. Se o nosso ambiente interno mudar muito, ficando, por exemplo, excessivamente quente ou muito frio ou demasiadamente ácido, as reações químicas podem parar e o indivíduo morre.


6. Reprodução e Hereditariedade:

O ser vivo envelhece e morre, mas antes disso ele se reproduz. Os filhotes são semelhante aos pais, esse fenômeno chama-se hereditariedade.
Quanto à reprodução, ela pode ser assexuada ou sexuada.
- O gene e o Controle das Características Hereditárias: a reprodução e a hereditariedade dependem do DNA (ácido desoxirribonucléico). O DNA se localiza em filamentos chamados cromossomos, no interior das células.
A estrutura conhecida como gene corresponde a um segmento ou pedaço da molécula de DNA. Os genes contêm as informações responsáveis pelas características do indivíduo. O organismo dos seres vivos trabalha de acordo com as ordens do DNA.
As características de um organismo não dependem apenas do DNA, o meio ambiente também é importante. As características são o resultado de um trabalho conjunto do gene e do meio ambiente.
Outra propriedade do DNA da qual a hereditariedade depende é da sua capacidade de se duplicar, formando cópias exatamente iguais.

Reprodução Assexuadanessa reprodução um pedaço do corpo do ser vivo se separa, cresce e origina um novo indivíduo.Na reprodução assexuada, os decendentes recebem cópias iguais do DNA do indivíduo original e, conseqüentemente, possuem as mesmas características
- Reprodução Sexuada: é o tipo de reprodução realizada pela união de células especializadas, o gameta. Na maioria dos casos, a produção de gametas está ligada a uma diferença de sexo nos indivíduos adultos: o sexo feminino, produz o gameta feminino chamado óvulo; o sexo masculino, produz o gameta masculino denominado espermatozóide.
Nos vegetais os nomes são diferentes: o gameta feminino é o oosfera, e o masculino é o anterozóide.
Quando ocorre a fecundação – união do espermatozóide com o óvulo – forma-se o zigoto ou célula-ovo. O zigoto se divide várias vezes formando assim um novo indivíduo. Esse indivíduo possuirá genes da mãe e do pai; suas características serão resultado de uma combinação das características paternas e maternas.


7. Evolução:

É o processo pelo qual os seres vivos se transformam ao longo do tempo.
- Mutação: o mecanismo de hereditariedade garante que os filhos sejam semelhantes aos pais. Mas se esse mecanismo fosse infalível, as espécies não se modificariam ao longo do tempo. As espécies hoje existentes são resultantes de espécies que existiram no passado e que sofreram transformações.Isso se deve, porque, às vezes, o DNA produz cópias com erro, que pode ser causado tanto por uma falha durante a duplicação, como pela exposição do organismo à radiatividade ou a certos produtos químicos. Surge assim, uma molécula-filha, diferente da original. Isto se chama Mutação;
- Seleção Natural: quando a mutação é vantajosa ela tende a se espalhar pela população. Mas quando ela é prejudicial ela fica rara e pode desaparecer. O processo pelo qual o ambiente determina quais os organismos com maior possibilidade de sobrevivência é chamado de seleção natural. A idéia de seleção natural foi desenvolvida pelo cientista Charles Darwin.
- As mariposas de Manchester: essas mariposas são um caso clássico de seleção natural. Com o escurecimento do tronco das árvores, depois da instalação de fábricas próximas ao bosque, o número de mariposas escuras aumentou. Hoje, porém, com o controle da poluição na Inglaterra, os troncos voltaram a ficar claros e o número de mariposas brancas aumentou.
- Adaptações de animais e plantas: Os vegetais são organismos que se originaram de seres que no passado tinham nutrição autotrófica. O corpo ramificado das plantas, principalmente árvores, com a grande superfície de folhas funcionando como coletores de energia solas, é uma adaptação ao modo autotrófico de vida.
Já os animais são provenientes de seres que tinham nutrição heterotrófica. O corpo compacto, os músculos e o sistema nervoso e sensorial são adaptações que facilitam a busca de alimento e o deslocamento do animal.
Existem muitos organismos que não podem ser representados como animais ou vegetais, pois se mantiveram parecidos com os seres iniciais e não chegaram a desenvolver estruturas típicas de animais e vegetais. Esses organismos estão representados pelas bactérias, pelos protozoários, por algumas algas e pelos fungos

TURMA 2009 -Evolução : Organismo unicelular pode explicar origem do reino animal

Atividade 1- Texto - 2ª série - 2015-Turma 2009

Evolução : Organismo unicelular pode explicar origem do reino animal
Espécie descoberta em 2002 pode esclarecer o que tornou possível o aparecimento dos animais, algo que até hoje não foi plenamente entendido  ( The New York Times)

A origem dos animais é um dos episódios mais misteriosos na história da vida. A transformação de um organismo unicelular em um coletivo de um trilhão de células exige uma enorme reestruturação genética.Espreitando no sangue de caracóis tropicais há uma criatura unicelular chamada Capsaspora owczarzaki. Esta espécie ameboide com “tentáculos” é tão obscura que ninguém a havia notado até 2002. Mesmo assim, em poucos anos ela passou do anonimato a foco do mundo científico. Acontece que ela é um dos parentes mais próximos dos animais. Por incrível que pareça, nossos ancestrais há um bilhão de anos eram bem semelhantes à Capsaspora.
A origem dos animais foi uma das transformações mais extraordinárias e importantes na história da vida. Eles evoluíram de ancestrais unicelulares até uma profusão de complexidade e diversidade. Hoje estima-se que sete milhões de espécies de animais vivem na Terra, desde vermes tubícolas no fundo do oceano a elefantes se arrastando pesadamente pela savana africana. Seus corpos podem conter trilhões de células capazes de se transformar em músculos, ossos e centenas de outros tipos de tecidos e de células.
O amanhecer do reino animal, cerca de 800 milhões de anos atrás, também foi uma revolução ecológica. Os animais devoraram os tapetes microbianos que haviam dominado os oceanos por mais de 2 bilhões de anos e criaram seus próprios habitats, como os arrecifes de corais. A origem dos animais é um dos episódios mais misteriosos na história da vida. A transformação de um organismo unicelular em um coletivo de um trilhão de células exige uma enorme reestruturação genética. A espécie intermediária que poderia mostrar como a transição aconteceu está extinta.
“Estão faltando apenas os passos intermediários”, afirmou Nicole King, bióloga evolutiva da Universidade da California em Berkeley.
Pistas evolutivas — Para entender como os animais assumiram esta forma de vida peculiar, os cientistas estão reunindo diversas linhas de indícios. Alguns usam martelos de pedra para retroceder ao registro fóssil de animais dezenas de milhões de anos atrás. Outros estão encontrando assinaturas químicas de animais em pedras antigas. Ainda há um terceiro grupo examinando os genomas de animais e de seus parentes como a “Capsaspora” para reconstruir a árvore evolutiva dos animais e de seus parentes mais próximos. Surpreendentemente, eles descobriram que muito do equipamento genético para a formação de um animal já existia bem antes do próprio reino animal.
Foi apenas nos últimos anos que os cientistas chegaram a uma noção consistente do que são os parentes mais próximos dos animais. Em 2007 o National Human Genome Research Institute iniciou um projeto internacional para comparar o DNA de diferentes espécies e traçar uma árvore genealógica.
Os primos dos animais são um grupo diversificado. Ao lado da habitante de caracóis, aCapsaspora, nossos parentes mais próximos incluem coanoflagelados, criaturas semelhantes a ameboides que vivem em água limpa, na qual elas caçam bactérias.
Agora os cientistas estão tentando entender como um organismo unicelular como a Capsasporaou um coanoflagelado se tornou um animal pluricelular.
Por sorte eles podem obter algumas pistas a partir de outros casos nos quais micróbios fizeram a mesma transição. Plantas e fungos evoluíram de ancestrais unicelulares, bem como dúzias de outras linhagens menos familiares, de algas pardas a fungos mixomicetos.
A pluricelularidade primitiva pode ter evoluído com certa facilidade. “Tudo que precisa acontecer é que os produtos da divisão celular se mantenham unidos”, disse Richard E. Michod, da Universidade do Arizona. Uma vez que organismos unicelulares passaram permanentemente para colônias, começaram a se especializar em funções diferentes. Esta divisão de trabalho tornou as colônias mais eficientes. Elas conseguiam crescer mais rápido do que colônias menos especializadas.
Em determinado ponto a divisão de trabalho pode ter levado muitas células dos protoanimais a perder sua habilidade de reprodução. Apenas um pequeno número de células ainda fabricava as proteínas necessárias para produzir descendentes. Assim, as células no resto do corpo poderiam se concentrar em funções como juntar alimento e lutar contra doenças.
“Não é um obstáculo”, afirmou Bernd Schierwater, da Universidade de Medicina Veterinária em Hannover, Alemanha. “É uma ótima maneira de ser muito eficiente”.
Reciclagem de células — Mas a multicelularidade também lançou novos desafios aos ancestrais dos animais. “Quando há morte de células num grupo, elas podem intoxicar umas às outras”, afirmou Michod. Nos animais as células morrem de forma ordenada, assim elas liberam relativamente poucas toxinas. E ocorre o contrário: as células que estão morrendo podem ser recicladas por suas companheiras vivas.
Outro perigo apresentado pela pluricelularidade é a capacidade de uma única célula de crescer às custas de outras. Hoje esse perigo ainda assombra: o câncer é o resultado de algumas células se recusando a jogar pelas mesmas regras que as demais no nosso corpo.
Mesmo simples organismos multicelulares têm defesas evoluídas contra esses trapaceiros. Um grupo de algas verdes conhecido como “volvox” desenvolveu um limite para o número de vezes que qualquer célula pode se dividir. “Isso ajuda a reduzir o potencial de células serem renegadas”, disse Michod.
Para descobrir as soluções que os animais desenvolveram os pesquisadores agora estão sequenciando os genomas dos seus parentes unicelulares. Eles têm descoberto uma profusão de genes que se acreditava existir apenas em animais.
Genes em comum — Para decifrar as soluções que os animais desenvolveram, os pesquisadores agora estão sequenciando os genomas de seus parentes unicelulares. Inaki Ruiz-Trillo, da Universidade de Barcelona, na Espanha, e seus colegas, estudaram o genoma “Capsaspora” procurando por um grupo importante de genes que codifica proteínas chamadas fatores de transcrição. Fatores de transcrição ativam e desativam outros genes e alguns deles são vitais para a transformação de um óvulo fertilizado no corpo de um animal complexo.
Na última edição de Molecular Biology and Evolution, Ruiz-Trillo e seus colegas relatam que aCapsaspora possui vários fatores de transcrição que se acreditava serem exclusivos dos animais. Por exemplo: eles encontraram um gene na Capsaspora que é quase idêntico ao gene animal Brachyury. Nos humanos e em muitas outras espécies animais o Brachyury é essencial para o desenvolvimento dos embriões, designando uma camada de células que se tornarão o esqueleto e os músculos.
Ruiz-Trillo e seus colegas não têm ideia do que a “Capsaspora” faz com um gene Brachyury. Neste momento eles estão fazendo experimentos para descobrir. Enquanto isso, Ruiz-Trillo especula que parentes unicelulares dos animais usam o gene Brachyury, junto com outros fatores de transcrição, para ativar genes para outras funções. “Eles têm de conhecer seu ambiente”, disse Ruiz-Trillo. “Eles têm de se unir a outros organismos. Eles têm de comer presas”.
Estudos de outros cientistas apontam para a mesma conclusão: muitos dos genes que se pensava serem exclusivos do reino animal estavam presentes nos ancestrais unicelulares dos animais. “A origem dos animais dependeu de genes que já estavam em seus lugares”, disse King. King defende que na transição para animais plenos esses genes foram cooptados para controlar um corpo multicelular. Genes antigos começaram a exercer novas funções, como produzir a cola para manter as células unidas e que poderiam se transformar em tumores.
Esponjas — Por décadas paleontólogos procuraram pelos fósseis que registrassem esta transição até os primeiros animais. Ano passado, Adam Maloof, de Princeton, e seus colegas publicaram com detalhes o que eles sugerem que sejam os fósseis animais mais antigos já encontrados. Os despojos, descobertos na Austrália, datam de 650 milhões de anos atrás. Eles contêm internamente redes de poros, similares aos canais existentes em esponjas vivas.
As esponjas também podem ter abandonado traços antigos. Gordon Love, da Universidade da Califórnia em Riverside, e seus colegas perfuraram depósitos de petróleo na Austrália datando de pelo menos 635 milhões de anos atrás. Na mistura de hidrocarbonos retirados, eles encontraram moléculas do tipo do colesterol que hoje são produzidas apenas por um grupo de esponjas.
O fato de as esponjas aparecerem tão cedo nos registros fósseis provavelmente não é coincidência. Estudos recentes sobre genomas de animais indicam que elas estão entre as linhagens mais antigas de animais viventes – se não são a mais antiga. As esponjas também são relativamente simples se comparadas à maioria dos outros animais. Elas não têm cérebro, estômagos ou vasos sanguíneos.
Apesar de sua aparente simplicidade, elas possuem carteirinhas de membros do reino animal. Assim como outros animais, esponjas produzem óvulos e esperma, que geram embriões. Larvas de esponja nadam pelas águas para encontrar um bom lugar onde possam se estabelecer para a vida sedentária e crescer, tornando-se adultas. Seu desenvolvimento é um processo peculiarmente sofisticado, com células-tronco dando origem a diversos tipos de células.
O primeiro genoma de esponja foi publicado só em agosto. Ele ofereceu aos cientistas a oportunidade de comparar o DNA das esponjas com o de outros animais, bem como com o da “Capsaspora” e outros de seus parentes unicelulares. Os pesquisadores observaram cada gene no genoma da esponja e tentaram compará-lo a grupos de genes de outras espécies relacionados, conhecidos como famílias de genes.
No total eles encontraram 1.268 famílias de genes compartilhados por todos os animais – incluindo esponjas – mas não por outras espécies. Esses genes foram presumidamente transmitidos para os animais viventes de um ancestral comum que viveu há 800 milhões de anos. Via pesquisa deste catálogo, os cientistas podem inferir algumas coisas sobre como era esse ancestral. “Não eram apenas bolota de células amorfas”, afirmou Bernard M. Degnan da Universidade de Queensland. Na verdade eles já expeliam óvulos e esperma. Ele podia produzir embriões e apresentar padrões complicados no seu corpo.
Versatilidade e oxigênio — Entretanto, os animais não apenas desenvolveram corpos pluricelulares. Eles também parecem ter desenvolvido novas formas de gerar diferentes tipos de corpos. Os animais estão mais propensos a mutações que recombinam partes de suas proteínas em novos arranjos, processo conhecido como “domain shuffling”, que consiste numa recombinação de domínios proteicos. “O 'domain shuffling’ parece ser crítico”, afirmou Degnan.
Degnan e seus colegas encontraram outra fonte de inovação em animais em uma molécula chamada microRNA. Quando as células produzem as proteínas dos genes, elas fazem uma cópia do gene numa molécula chamada RNA. Mas as células de animais também fazem microRNAs que podem atacar moléculas de RNA e destruí-las antes que elas tenham chance de fazer proteínas. Dessa forma elas podem agir como outro tipo de chave para controlar a atividade dos genes.
Os microRNAs parecem não existir em parentes unicelulares de animais. Esponjas têm oito microRNAs. Os animais com mais tipos de células que evoluíram mais tarde também desenvolveram mais microRNAs. Os humanos têm 677, por exemplo. Os microRNAs e o “domain shuffling” deram aos animais uma nova fonte poderosa de versatilidade. Eles ganharam os meios para desenvolver novas maneiras de produzir uma ampla variedade de formas – de grandes predadores a comedores de lodo.
Essa versatilidade pode ter permitido a animais primitivos se aproveitarem das mudanças que estavam ocorrendo ao seu redor. Cerca de 700 milhões de anos atrás a Terra saiu das garras de uma era do gelo mundial. Noah Planavsky, também da Universidade da California em Riverside, e seus colegas descobriram em pedras dessa idade indícios de um afluxo repentino de fósforo para os oceanos no mesmo período. Eles especulam que conforme as geleiras derreteram, o fósforo foi lavado da terra exposta para o mar e agido como uma dose concentrada de fertilizante, estimulando o crescimento de algas.
Isso pode ter levado à elevação rápida do oxigênio no oceano ao mesmo tempo.

Os animais podem ter sido preparados para usar oxigênio extra como forma de abastecer grandes corpos, usados para devorar outras espécies. “Era um nicho a ser ocupado”, disse Ruiz-Trillo, “e ele foi ocupado assim que o mecanismo molecular estava pronto.”

ATIVIDADE 1- 3005.3006. 3007

Atividade - 3ª série -  Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH.


1. O primeiro passo é descobrir o que é esse índice e o que ele mede. Registre o conceito que você encontrou e quais são os critérios utilizados para fazer as medições.

2. Quais são os cinco primeiros países no ranking mundial e quais são seus respectivos IDHs?

3. O Brasil ocupa que posição no ranking mundial do IDH?

4. Você sabe o que é o IBGE? Não fique na dúvida, pesquise e responda o que significa esta sigla.
(Plataforma do IBGE que reúne dados obtidos em pesquisas sobre nossa população e todas as informações pode se consultada através de tabelas e gráficos: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php)

5. Investigue quais os municípios do Rio de Janeiro que apresentam os maiores e os piores IDH. Para isso, e muito mais, utilize uma ferramenta muito importante para conhecermos nosso Estado e nosso País: a plataforma virtual do IBGE.
Consulte o link abaixo:


6. Com base no que você entendeu sobre o cálculo do IDH, elabore algumas explicações para os maiores índices obtidos e para os menores também.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Manuscritos de Charles Darwin estão disponíveis na internet




Em 2014, a icônica “A Origem das Espécies” de Charles Darwin completou 155 anos desde sua publicação. No dia 24 de novembro de 1859, Charles Darwin divulgou o seu estudo sobre a evolução animal e sobre a seleção natural. Pensando no tamanho de sua importância, pesquisadores do American Museum of Natural History e do Darwin Manuscripts Projectdecidiram digitalizar e disponibilizar todos os escritos do cientista.




http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/11/documentos-e-manuscritos-de-charles-darwin-estao-disponiveis-na-internet.html





    Feliz Ano Novo no  

         Colégio Estadual                 
            Compositor 

Luiz Carlos da Vila!

Feliz nova caminhada 

construindo o conhecimento!